sábado, 4 de maio de 2013

Enterobíase ou Oxiurose

                               

                     Enterobiose

Enterobíase/Enterobiose ou Oxiurose/Oxiuríase é o nome da infecção causada poroxiúros  (Enterobius vermiculares, vermes nematódeos com menos de 15mm de comprimento e que parasitam o intestino humano. É uma das doenças parasitárias mais comuns do mundo, sendo frequente mesmo em países desenvolvidos, atingindo cerca de 11-21% da população por ano, sendo mais comum em crianças pequenas.
Enterobíase
Macho e fêmea do Enterobius vermicularis. A fêmea mede 10mm e o macho entre 3 e 5mm.
Classificação e recursos externos






Causas


O oxiúro é um verme nematoide pequeno e fusiforme. As fêmeas têm cerca de 1 centímetro e cauda longa, enquanto os machos apenas 3 milímetros.
Após deglutição dos ovos, as formas adultas formam-se no intestino. Aí macho e fêmea acasalam, guardando a fêmea os ovos fecundados. O macho morre após a cópula e é expulso junto com as fezes. A fêmea então migra para o cólon distal e para o recto. De noite a fêmea sai do recto passando pelo esfincter e deposita os ovos na mucosa anal e pele perianal, do lado externo do corpo, voltando depois para dentro. Este processo é extremamente irritante porque o contrário da mucosa do intestino, mucosa anal e a pele são muito sensíveis, de forma consciente, e os movimentos da fêmea são percebidos pelo hospede como prurido.
As fêmeas põem mais de 10.000 ovos (40 micrómetros) que são lavados ou ficam agarrados à roupa interior, caem e misturam-se no pó, ou podem ainda ser levados pelas fezes. É comum em casos de diarreia ou fezes moles, saírem fêmeas adultas também com as fezes, que são visíveis movendo-se à superfície da água da sanita ou vaso sanitario.

Transmissão


Por água, alimentos, poeira ou objetos levados a boca contaminados com os vermes. As fêmeas produzem grande quantidade de ovos na região perianal. Os ovos são transparentes, muito resistentes, leves e conseguem resistir até três semanas em ambientes domésticos. Crianças pequenas que coçam a área e colocam os dedos na boca podem se recontamina mais de uma vez.
Crianças em idade pré-escolar ou escolar e pessoas que cuidam dessas crianças são os mais afetados. A dificuldade em eliminar os ovos, impedir reinfecções, medicar todos infectados, mesmo os assintomáticos, e impedir a importação de novos vermes torna essa doença extremamente difícil de ser eliminada. Mais de 1 bilhão já foram infectados em todo o mundo, mas como os sintomas são pouco incômodos.

Progressão


Os vermes adultos vivem no intestino grosso e, após a cópula, o macho é eliminado. As fêmeas fecundadas não fazem oviposição no intestino e têm seu útero abarrotado com aproximadamente 11.000 ovos. Em um determinado momento o parasita se desprende do ceco e é arrastado para a região anal e perianal, onde se fixa e libera grande quantidade de ovos.
E vermicularis é o parasita de maior poder de infecção, pois seus ovos necessitam de apenas seis horas para se tornar infectantes.
Ao serem ingeridos, os ovos sofrem a ação do suco gástrico e duodenal, libertando as larvas que se dirigem ao ceco, onde se fixam e evoluem até o estágio adulto. A duração do ciclo é em média de 30 a 50 dias.

Sinais e Sintomas

O sintoma característico da enterobíase é o prurido anal, que se exacerba no período noturno devido à movimentação do parasita pelo calor do leito, produzindo um quadro de irritabilidade e insônia. Outros sintomas comuns são:

  • Coceira no ânus,
  • Enjoo/náusea,
  • Vômitos,
  • Dores abdominais,
  • Cólicas;
Em alguns casos ocorrem sangue nas fezes. É comum também que não hajam sintomas além da coceira anal.
Nas mulheres, o verme pode migrar da região anal para a genital, ocasionando prurido vulvar, corrimento vaginal, eventualmente infecção do trato urinário, e até excitação sexual. Apesar da sintomatologia, não se verifica eosinofilia periférica e os níveis de IgE em patamares dentro da normalidade, com exceção de estudo de infecção massiva promovendo uma alta elevação de IgE sangüínea e contagem de eosinófilos.

Diagnóstico


O método de escolha utilizado para o diagnóstico da enterobíase difere em relação às outras verminoses em geral. As técnicas habituais de demonstração de ovos de helmintos não apresentam positividade superior a 5% dos casos, uma vez que as fêmeas não fazem oviposição no intestino.
Pode-se usar uma fita de celofane adesiva e transparente, ou fita gomada, para detectar ovos na região anal. A outra técnica não habitual descrita na literatura é chamada de vaselina-parafina (VASPAR). Adota-se como padrão da colheita do material pela manhã, antes de o paciente defecar ou tomar um banho. Caso não seja possível tal procedimento, pode-se optar pela coleta após o paciente ter se deitado. Este material é então analisado em microscópio para confirmar a presença do parasita.

Tratamento

 O mebendazol é administrado por via oral, 100 mg, independente da idade do paciente, apresentando eficácia de 90 a 100% de cura, com raros efeitos colaterais. O albendazol é receitado na dose de 400 mg, também independente da idade, e proporcionando taxa de cura também perto dos 100%. Náuseas, vômitos, diarréia, secura na boca e prurido cutâneo podem surgir após a ingestão, porém é raro o seu acometimento.


Prevenção

A higiene permite reduzir a probabilidade de contaminação, assim como a limpeza frequente dos quartos das crianças e sobretudo em zonas em que se acumula o pó como debaixo da mobilia e ao redor de portas. É preferivel limpar com pano molhado de modo a não levantar pó que pode ser inalado ao varrer. As roupas das crianças devem ser trocadas frequentemente, e as suas unhas cortadas de modo a não reter ovos ao coçar.


2 comentários:

  1. Quem tiver esse verme por favor escreva para mim, posso pagar!!
    vanessafada_69@yahoo.com.br

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